Ó homem estranho, ó descendente da lua
Tu que andas perdido algures nessa rua
E que prossegues em frente, sem intenções de parar
Mesmo que não haja motivos, para continuar
Anda cá então...
Anda cá então...Anda cá então
Ter com a tua amada solidão
Tu que foste com a esperança d'algo encontrar
Embora não chegaste mesmo assim a alcançar
Mas será no vazio, dessa tua cama solitária
Que encontrarás o conforto de uma dama precária
Por isso deita-te então...
Deita-te então... Deita-te lá então
Nos braços da querida solidão
Para que possas sonhar tanto
No silêncio da minha canção
Passando uma noite em branco
Depois de um dia de frustração
Mas lembra-te meu pequenino
Não te esqueças meu coração
Que eu nunca te deixarei sozinho
Pois eu a tua amiga solidão
Por isso respira fundo...
Respira fundo... Respira lá fundo
E esquece lá esse mundo
E é assimilando essa magoa tua
No nosso secretismo, na escuridão
Que tu me dás a tua pele cinzenta nua
Ás mãos remediantes da solidão
Duas décadas de solidão
E mais duas décadas, assim virão
Não por falta de atenção
Mas sim por falta de compreensão.
Por isso brilha lá então...
Brilha lá então... Brilha lá então
Jóia prateada... Para a tua amada Solidão.
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