domingo, 30 de dezembro de 2012

Príncipe Phantasma

Ele trancou-se no seu trágico castelo
E fez-se prisioneiro na sua torre arcana
Por ser demasiado peculiar e tão belo
E por não se dar bem com a raça humana
E é na cela do seu enorme constrangimento
Que ele espera por uma brava Heroína
Para derrotar o dragão do aborrecimento
Com a sua perseverança e graça pristina

Mas nos dias de hoje essas famosas heroínas
Acham isso "desinteressante", deveras foleiro
Pois deixaram-se corromper pelo poder da ruína
Que lhes leva a estragar vidas e a pilhar dinheiro
E é sereno que o vejo olhar da sua janela
Para as estrelas, questionando à grande Luna
Quando é que vira no fundo aquela jóia bela
Que será o seu tesouro, a sua maior fortuna

E a Luna suspira com ecos que vêem do além
Enquanto escuta os seus desabafos dramáticos
Porque todos nós sabemos muito bem
Que ela é a mãe de todos os lunáticos
E que assim ele nos seus braços cresceu
Nutrido pelos seus carinhosos contos maternais
Embora agora se veja cercado por míseras plebeus
Quando lhe fora prometido donzelas reais

E é ressentida com a ilusão que deu forma
Que ela inspira melancólica a celeste atmosfera
Levando as ondas comportarem-se fora da norma
A prepararem-se no mar, para mais uma guerra
Enquanto os lobos uivam já sedentos para o combate
E as estátuas ganham vida, tornando-se pasmas
E finalmente os corvos descendem para o ataque
Aos dilemas emocionais do Príncipe Phantasma.

Tudo dentro de quatro paredes
Tudo dentro de uma cabeça.

Blackiezato Ravenspawn

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