domingo, 29 de agosto de 2010

Almas Caladas Da Lusitânia

Outrora fui alguém...
Um cavaleiro como qualquer um
Vestido em prata reluzente
E no peito uma rosa-cruz.
Nunca conquistei a dita glória...
Pela voz da crua espada
Não cheguei a ficar na história
Nem a casar com a minha amada.

Morri cedo, na Primavera da vida...
Num dia chuvoso de Inverno

Inundado nos meus orgulhos
Enquanto o sangue escorria
Sobre a terra e os pedregulhos.
Mas continuo vivo
Algures no além
No além e no além.

Lembro-me de ser um marinheiro...
Filho das costas de Belém.
Do meu coração pertencer aos sete mares
Aos oceanos e a mais ninguém.
De navegar em tempestades
Que ameaçavam a minha embarcação
Enquanto segurava o leme
No auge da minha perdição...
Não cheguei a carregar ouro
Nem especiarias do oriente
Só possuí um coração humilde
Repleto de um espírito valente.
Mas continuo vivo
Por aí
Por aí e por aí...

Nos confins da realidade...
Pr'além da mais pura verdade
Vista e dita por um profeta.
E sentida e cantada
Por um poeta.


Blackiezato Ravenspawn

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