sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Noite De Sexta-Feira Treze

Noite, tu que hoje cais, tão desmaiada...
Originando a mais crua das decadências
Intragável e conhecida, pelas tuas incontroláveis demências.
Trazendo os pesadelos à luz da lua, silenciosamente pela calada...
Envolta nesse teu manto purpura e nessa tua encenada fachada.

De rompante... De uma forma talvez duvidosa...
E que embora seja negra, não deixa de ser formosa.

Sussurrando calmamente
Encantada, tu entoas o som de um
Xilofone de ossos.
Tocando nota a nota
A maldição desses olhos, vossos...
- (Mas esta alma não conhece o rancor...) -
Feito e desfeito à sombra do teu terror.
E esta se deixa enfeitiçar, no teu transe, enquanto tu
Irrequieta, traças belas linhas
Radicais, criativas e deslumbrantes,
Alternadas, fortunosas e todas elas exuberantes...

Transformando a sua aparência,
Redesenhando a sua estrutura...
Enquanto lhe pintas com essa tinta escura.
Zelando no final, pela sua transcendente existência
Enaltecida na sua, tão clamada inocência.

Dedicado ao Patrick, a pessoa que tem como ritual, fazer uma tatuagem em cada sexta-feira treze.

Blackiezato Ravenspawn

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