Eu sinto esta dura maldição,
Bem abaixo da minha pele.
Que lacera o meu coração,
Oh Cronos, vós sois cruel.
Pois o meu sonho está pendente,
Embora o meu destino esteja traçado.
Nos confins da minha mente
Algures escondido, enterrado.
E eu continuo à sua procura,
Embora não o consiga alcançar.
Pelejando numa batalha dura,
Que é impossível de ganhar...
E tu sadicamente sorris,
Do meu contínuo sofrimento.
Com as gargalhadas mais vís,
Que ecoam pelo vento...
E nesta noite à sombra da lua,
Com estes olhos tão cansados.
Peço assim por sua ajuda,
Com estes joelhos, dobrados.
Que a Luna de prata querida,
Me traga paz por um momento.
Porque em toda a minha vida,
Eu tenho lutado contra o tempo...
Mas estes noites passam a voar,
Que às vezes mal as consigo ver.
E as dores tendem a duplicar
Tão difíceis de se conter...
E a insanidade também governa,
Aqueles dias tão lentos e calmos.
Onde a tortura torna-se eterna,
Terrível, imedível a palmos.
Porque na maior parte das vezes,
Parece mesmo que não vale a pena.
Todos os sacrifícios e desfechos esses,
Que me prendem na mesma cena.
E o dia acaba por que rasgar a noite,
De novo com aquela luz dourada.
Enquanto eu temo pela negra foice,
Que venha e me transforme em nada.
Porque eu tenho tanto que fazer,
Mas infelizmente, fica tudo a meias.
Tornando-se inútil, vou-me dissolver!
Na tempestade temporal de areias.
E é por isso que tendo a fugir,
Dessas algemas do tormento.
Enquanto sonho e tento dormir,
Para cair no esquecimento...
Mas o tempo não para...
Tique-taque, tique-taque.
E continua no ataque...
Tique-taque, tique-taque.
Mas o tempo não para...
Tique-taque, tique-taque.
E continua no ataque...
Tique-taque, tique-taque.
Sem dar tréguas.
Blackiezato Ravenspawn
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