sábado, 15 de outubro de 2011

Bruxa

Feiticeira vil e sombria
Das terras mais distantes
Adepta na obscura magia
Tal e qual os necromantes
Vestida sempre de negro
Com um pontiagudo chapéu
À procura de um emprego
No inferno, ou no céu...

Uma personagem fictícia
Nesses contos de terror
Que carrega a malícia
Na alma, no teu interior
Um adjectivo de insulto
Para algumas mulheres
Que manipulam os vultos
E todo o que quiseres...

És uma recipiente de demónios
Sendo a mais assídua ocultista
Com as tuas pedras de zircónio
Os teus utensílios, decadentistas
E nessas bonecas fazes furos
Quando desejas a alguém mal
Como também prevês o futuro
Na tua bola mágica de cristal...

Veneras todos os elementos
E tudo o que mais te cheira
Criando diversos encantamentos
Por essas noites inteiras
Planeando também invocamentos
Como rituais e possessões
Mais tragédias e tormentos
Em volta dos teus caldeirões...

Em busca de forças algumas
Adornadas nos teus talismãs
Mas para mim és como qualquer uma
Porque também és fêmea, minha irmã
E não importa as tuas lamentações
Nem o que dizem as tuas cartas
Porque quem vive sobre tentações
Não se sacia, nem se farta...

Por isso abre essas ricas pernas
Para eu me ajoelhar nessa sina
E agradecer as graças mais eternas
Que me mostrarão a tua vagina
Tu, minha linda lua de Júpiter
Minha querida e bela Calisto
Tu, a mulher mais misteriosa
E uma renunciante a Cristo...

Dizem que tu és um veneno letal
E uma praga deveras cruel e maldita
Como um maligno soneto infernal
Que tu com mestria, tanto recitas
E também dizem que tu amaldiçoas
Como também és uma pega ingrata
Que anda como uma nobre pessoa
Embora desfiles como uma vadia gata...

Fingindo com intenções nada boas
Quando cinicamente dás essa pata
Ouvindo essa voz etérea que te ecoa...
Mas na realidade, tu nem matas!
E por isso... Ai que tontas mentiras!
Olha! Eis o teu calcanhar de Aquiles!
Ai se eles vissem como tu gemes e respiras
Quando te toco, vai lá, diz-lhes...

- Ai, ai, uiiii... Que esta a ficar mesmo quente!
- Ah, ah, ah! Que prazer tão, mas tão ardente!
-Que me faz desfrutar, dessa forma tão efervescente!
-Oh, oh, ooooh... Mas que língua tão experiente!

E assim, convulsionas toda molhada
Porque é isto que tu tanto queres
Sendo tão, ou mais desenvergonhada
Como o resto das outras mulheres.
Por isso hoje eu tiro-te as teias,
Hoje não dormiras com fantasmas
Pois hoje partilhamos a cama a meias
E hoje comigo, assim orgasmas...

Porque eu fodo todas as que andam
E não me importa se são "feias"
Pois hoje as tuas mãos comandam
A lívida cabeça da minha centopeia.

Blackiezato Ravenspawn

Sem comentários:

Enviar um comentário