quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sorriso Parvo

Quando não existem palavras,
Para expressar o que se sente.
Ou quando a mente nem sabe,
Se está mesmo sã ou demente.
E se está a viver um grande sonho,
E o seu prazer torna-se iminente.
Duvidando com alguma confusão,
Ou especulando apenas, curiosamente.

Quando algo injustificável acontece,
Sem fundamento algum, consciente.
Capturando-nos pela sua elegância,
Ou pelo seu misticismo, simplesmente.
De uma forma talvez misteriosa,
Que acabou de se tornar evidente.
Que nem o corpo nem a alma,
Sabem reagir devidamente...

Ai... Nasce um sorriso parvo

Que partilhamos com quem amamos,
Quando matamos as saudades.
Ou quando também falamos,
Sobre coisas passadas, distantes.
Demasiadamente empolgados,
Não contendo a graça, sorrindo antes.
De algo que se tornou eterno,
Apenas por uns breves instantes,

Tal quando estamos embaraçados,
Nas diversas situações, perante.
Ou quando algo nos satisfaz,
Com emoções voluptuosas, excitantes.
Por vermos desejos realizados,
Tornando-nos infinitamente radiantes.
Como uma criança inocente, regalada,
Pelo brilho de estrelas, cintilantes...

Essa reacção peculiar,
Embora tão familiar,
Íntima! Que se expõe,
Cuidadosa, *murmurando* secretamente...
Passando por triste,
Embora. Tão feliz...
Que nem sabe ao certo,
Se é mesmo isto que quis...
Tornando o mais sério,
No maior dos idiotas.
Como se fosse alvo algum,
De gozos e chacotas.

Esse sorriso tão, mas tão parvo,
Que amolece os olhos das pessoas.
Quando decide roubar uma lágrima
Após vislumbrar passagens. Boas...

:]

Blackiezato Ravenspawn

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