segunda-feira, 28 de maio de 2012

Correntes da Ignorância

Vejo-me forçado a fugir e a esconder-me,
No restante lugar que ainda acho possível.
Onde ninguém me pode tocar nem ver-me,
Lá nos confins de um vazio incompreensível.

Proporcionado pela minha mente resistente,
No seu santuário, no meu trono de obsidiana.
Onde crio a cura para esta corrupção doente,
Que quer deixar de todo a minha alma insana.

Sobrevivendo no fundo a uma falsa liberdade,
Que sustém todos os meus desejos acorrentados,
A uma cólera sentida pela estagnada sociedade,
Onde todo o meu potencial não é aproveitado.

Neste sistema erguido por duvidosas mentiras,
Onde desvendo em vão todos os meus sentidos.
Para assim ver-me desvalorizado em pupilas,
De olhos sem brilho, continuamente iludidos.

E é fechando-me na isolação em abundância,
Com todos os pensamentos que em mim residem.
Que eu me liberto das correntes da ignorância,
Porque lá elas não me prendem, nem existem.

Blackiezato Ravenspawn

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