terça-feira, 1 de maio de 2012

A Gata Preta Mamã

Cheirou-te a poeta e vieste logo,
Seguindo o meu rasto até me ver.
E assim saltaste para o meu colo,
Sem pedires e sem eu te oferecer.

Enrolando-te em mim sem inibições,
Sem fífias e sem preconceitos,
Pois querias ler as minhas declamações
Que julgavas para ti, por defeito.

E fizeste-me a maior das companhias,
Lá, ambos abrigados na esplanada.
Enquanto eu escrevia-te uma poesia,
Contigo no meu colo, bem refastelada.

Que depois adormeceste guarnecida,
Pois as tuas forças, estavam escassas.
Encostadinha tranquila à minha barriga,
Com a tua audácia e com a tua graça.

E enquanto pensava em ti, bichana,
Supôs que te devias chamar Mafalda.
Pois tinhas um pelo lindo de obsidiana,
E uns brilhantes olhos de esmeralda.

Ela entrou tal e qual uma estranha,
Mas permaneceu como uma convidada.
Até deixar-me com as pernas cansadas
Pois a pequeninha, estava prenha.

Blackiezato Ravenspawn

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