sexta-feira, 20 de julho de 2012

Defecação Lírica

Só de pensar nas caras de alguns de vocês
E nessas palavras que tanto me serviram.
Nesse banquete que daria bem para um mês,
Que nem mesmo os meus ouvidos, resistiram!

E só de imaginar como tudo isso desceu
Pelo meu esófago delgado, quase em mania!
Embatendo nas paredes deste estômago, meu
Causando-me a mais terrível de todas as azias!

Como também daquela forma como me levantei,
Célere, com as mãos sobre a minha barriga!
Que nem sei mesmo, como vos explicarei
O que na realidade, mesmo eu sentira!

Pois tinham fecundando em mim um ser,
Lá nos confins das minhas escuras entranhas!
Que julguei por momentos que iria falecer
No decorrer do parto, daquelas fezes castanhas!

Ai! Como o meu esfíncter gritou em dor,
Abafando o som dos pensamentos da mente!
Fazendo-me sofrer na paixão desse clamor
Naquela sanita tão confortável, totalmente!

Que quando finalmente expulsei cá para fora!
Parindo tão violentamente num jeito profundo..
Fez-me sorrir no final como uma mãe orgulhosa
Quando entrega mais um presente, ao mundo...

Merda essa, que alimentará este pobre solo
E que dará vida à próxima vegetação!
Ao libertar este constrangimento, do meu colo
Pelo simples acto biológico, de defecação!

E é agora com o meu ventre mais vazio
Sentindo-me radiante, mais uma vez!
Que recito cercado por um cheiro a bafio
- CAGUEI PARA TODOS VOCÊS!

De uma forma tão exímia e tão empírica,
Resultando nesta bela defecação lírica.
Esquecendo o que outrora, me disse alguém
Sentindo-me aliviado... Sentindo-me bem!

Pois foi quando olhei para o papel que usará para limpar o meu ânus...
Que encontrei esta poesia.

Blackiezato Ravenspawn

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