segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Sagitário Sádico

Tenho pernas e genitais de cavalo,
Embora tronco e cabeça de homem.
Sou uma criatura sábia, um velho centauro
Com um espírito indomável e jovem.

Sou eu misterioso caçador estrelar,
Que carrega o místico arco da apatia.
Para assim, em frenesim espalhar,
A confusão nos mapas de astrologia-

Enquanto cavalgo nas constelações,
Em busca dos outros signos divinos.
Para matar, já as preditas previsões
E alterar o curso dos seus destinos.

Para que a ilusão não viva na testa,
Daqueles que crêem em contos fádicos.
A não ser uma sinistra e certeira flecha
Disparada por mim, o sagitário sádico...

*

Dizes que tens ideias, mas, não pensas
E é por isso que abomino o que tu crês!
Pois vês nas coincidências uma crença
Que varia consoante a tua estupidez!
Esperas que os horóscopos te dêem as respostas
Mas não fazes nada para as merecer!
E dás por ti sem saber onde meter as costas
Por teres um medo terrível de sofrer!
Mas, lá dentro pensas que tudo vai mudar
E então, ficas à espera daquele momento
Sem mexer alguma palha para alcançar
Desperdiçando a tua vida como um passatempo!
E eu agora pergunto-te, ó miserável alvo?
Tu que te mostras ridículo perante mim!
Como queres que o cosmos te dê algo?
Quando tu no fundo, nem crês em ti?!

Tu metes-me nojo, a tua alma dá-me pena
E a tua existência é uma constante discórdia!
Por suplicares por uma vida mais amena
Quando pedes as nossas estrelas, misericórdia.

Às mesmas estrelas que se suicidam diariamente
Ao ouvir tontos como tu...

Blackiezato Ravenspawn

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