segunda-feira, 18 de julho de 2011

Misantropos IV - Reencontrei-me, Perdido

É como estivesse à deriva a planar,
Em duas direcções ao mesmo tempo.
Não sei mesmo o que deva buscar
Nem para onde me leva o vento...

Sou uma pessoa sem rumo,
E Não tenho nada para fazer
Então sonho, escrevo e fumo
E deixo as coisas acontecer...

E assim assisto as diversas vidas,
A percorrer os seus objectivos.
À espera de serem compreendidas
Para se sentirem ainda mais vivos...

Mas ainda não percebi no fundo,
Quais são as verdadeiras razões.
E o que levará a este falso mundo
A abdicar de sonhos para ilusões...

Pois está civilização deixa-me mudo,
Por ser tão vazia e tão penada
E assim tendo a abstrair-me de tudo
Para encontrar paz, onde não há nada.

E é na poesia que me disperso
como uma besta, como um louco,
Em forma de prosa, ou em verso
Como um autêntico misantropo.

E se algum dia o poder do amor
For superior ao amor pelo poder,
Aí deixara de existir a tal dor
E valerá mesmo a pena viver...

E entre ser ou não ser
Acho que talvez, pode ser.
Mas se não der para ser,
Então, podes bem esquecer...

E foi no caos da minha instável vida,
No silencio abafado do meu latido.
Que achei a tranquilidade garantida,
Quando me reencontrei-me, perdido...

Blackiezato Ravenspawn

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