Depois das onze ele torna-se num caçador,
E ela nos seus olhos, foi mais uma presa.
Pois naquele bizarro jogo do amor
O seu charme é perigoso de certeza
E apesar dela ser um alvo tímido,
Não hesitou em refugiar-se na sua lente.
Inocente com frio, imersa em libido
Mesmo de quem queria um beijo quente
E foi sozinho, só mais que nela focado,
Que ela se atreveu a desfilar no ponto
Levando o nervoso, embora excitado
Murmurar o seguinte, à espera, pronto.
Um: Miras o teu alvo com precisão
Dois: Tiras lentamente a folga do gatilho,
Três: Inspiras e susténs a respiração
Para quatro: Abateres o teu inimigo!
E foi assim que ela colapsou no seu sorriso,
Sem saber ao certo onde deixou a vida.
- Será um sedutor ou será atirador furtivo?
Foi a última questão deixada na sua rotina.
E logo depois arrumou a sua espingarda
E saiu repentino da mesma forma que entrou.
Como? Não sei... Talvez pela retaguarda
Eu só sou o escritor, não quem a matou!?
E agora as bocas da rua falam de um psicopata,
Que ninguém sabe ao certo quem ele é e onde habita.
Só de mais um funeral, uma triste data,
Deixada num dos seus cartões de visita...
E eu já procurei por toda a minha mente,
Mas não encontrei o responsável, neste breu.
Logo só resta uma hipótese, evidentemente...
Será que fui mesmo eu?
"Quanto mais escreves, mais matas."
Blackiezato Ravenspawn
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